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Cineclube Vladimir Herzog debate “raízes” da exclusão social no Brasil

  • Writer: sasparqbr
    sasparqbr
  • Apr 18, 2018
  • 2 min read

Exibição do longa “Wilsinho Galileia” (1978), com a presença do premiado cineasta João Batista de Andrade, reflete sobre as entranhas da estrutura social brasileira e a construção da figura do “marginal”

Na sessão de abril, o Cineclube Vladimir Herzog exibe dois filmes do premiado cineasta João Batista de Andrade que foram censurados pela ditadura militar: o curta-metragem “Liberdade de Imprensa” (1967) e o longa “Wilsinho Galileia” (1978). A exibição será no auditório Vladimir Herzog do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP), na próxima terça-feira (dia 24), às 19h. A entrada é gratuita.

Andrade - conhecido por exitosas obras como “Gamal, o delírio do sexo” (1969), “Doramundo” (1978) e “O homem que virou suco” (1980) - estará presente na sessão e conversará com o público sobre os filmes que, segundo ele, marcaram sua carreira e que revelam a “dureza de fazer filmes na ditadura militar”. Assista aqui ao convite especial do cineasta para a sessão do Cineclube Vladimir Herzog.

O primeiro (“Liberdade de Imprensa”), um curta de 25 minutos, foi produzido pelo Grêmio da Faculdade de Filosofia da USP e pelo Jornal Amanhã da UNE (União Nacional de Estudantes) e é um documentário lendário: teve apenas duas exibições fechadas antes de ser apreendido pelos militares e nunca mais liberado. Em pleno ano de 1967, o cineasta contestava o governo ditatorial e discutia assuntos polêmicos, como o acordo Time/Rede Globo e Carlos Lacerda.

O segundo (“Wilsinho Galileia”) é um longa que reconstitui a tragédia do marginal Wilson Paulino da Silva, garoto que cresceu na favela Galileia, na periferia paulistana, e foi assassinado pela polícia aos 18 anos com uma opulenta ficha criminal de acusações: 20 assassinatos e cerca de 500 assaltos. O documentário revela as entranhas da estrutura social brasileira – e, justamente por isso, foi interditado, em 1978, pelo governo militar e, também, nunca liberado - e mistura imagens reais e dramatizações. Foi exibido, em 2002, no festival “É Tudo Verdade”, onde foi aclamado pela crítica após um longo período ofuscado pela censura.

O Cineclube Vladimir Herzog é uma iniciativa do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP) e do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) e visa resgatar um espaço que teve papel importantíssimo na resistência à ditadura e na luta pela redemocratização do país. Filmes como “O Homem que Virou Suco”, do mesmo João Batista de Andrade, chegaram a um imenso público a partir das sessões realizadas pelo Cineclube. As sessões são sempre nas últimas terças-feiras de cada mês, seguidas por debates com realizadores dos filmes e/ou convidados. Para mais informações, visite nosso blog e nossa página nas redes sociais.

O que: Exibição do curta “Liberdade de Imprensa” (1967) e do longa “Wilsinho Galileia” (1978), de João Batista de Andrade + Debate com o cineasta.

Quando: 24 de abril (terça-feira), às 19h.

Onde: Rua Rêgo Freitas, 530, sobreloja. República, São Paulo. (Perto das estações de metrô República e Higienópolis-Mackenzie).

Mais informações: (11) 3229-7989

Evento gratuito.

 
 
 

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