Em negociação conturbada, Sindicatos fecham convenção coletiva com SINAENCO
- sasparqbr
- Oct 19, 2017
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O Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) - juntamente com o Sindicato dos Geólogos no Estado de São Paulo, Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado de São Paulo e Sindicato dos Tecnólogos do Estado de São Paulo – fechou a Convenção Coletiva de Trabalho 2017/2018 com o SINAENCO (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva), entidade que representa aproximadamente 20 mil empresas.
As negociações foram conturbadas. Os representantes do SINAENCO alegaram que as empresas estão vivendo um período de recessão com a crise econômica e política que o Brasil atravessa e tais cortes – nos direitos trabalhistas – seriam necessários para “estabilizar a situação e manter os empregos”. Os Sindicatos, por sua vez, argumentaram que em épocas de crescimento econômico, as empresas não repassavam os lucros aos trabalhadores, construindo, assim, um grande capital de reserva. Agora, estando ou não em recessão, os primeiros cortes são feitos nos direitos dos trabalhadores, precarizando a vida de milhares de funcionários para poupar essa reserva econômica. Ou seja: capitalizam os lucros e socializam os prejuízos.
O SINAENCO, portanto, exigiu modificações drásticas em clausulas essenciais para os trabalhadores, como, por exemplo, despesas de viagem, início de férias, rescisões contratuais, carteira de trabalho, uniformes e EPIs, participação nos lucros e resultados das empresas, auxilio refeição e alimentação, complementação auxílio previdenciário, garantia gestante retorno ao trabalho e alta médica programada.
No entanto, apesar de intensas lutas, alguns desses direitos foram suprimidos da convenção coletiva. Porém, alguns – como alta médica programada e estabilidade de dois anos para aposentadoria – os Sindicatos conseguiram manter.
# Confira o texto da convenção coletiva 2017-2018 aqui
# Veja as CCTs anteriores aqui

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