3 anos da primeira greve-geral de arquitetos e engenheiros da Prefeitura de São Paulo

No dia 27 de maio de 2014, após reunião que contou com a presença do Sindicato dos Engenheiros (SEESP), do Sindicato dos Arquitetos (SASP) e da Associação dos Engenheiros e Arquitetos Municipais (Seam), arquitetos e engenheiros da Prefeitura Municipal de São Paulo decidiram paralisar suas atividades.

Essa foi a primeira greve da sua história, mobilizou toda a categoria - mais de 1800 arquitetos e engenheiros ativos -, se prolongou por 17 dias alternados de paralisação e contou, inclusive, com manifestação na Avenida Paulista.

Reivindicações

Os servidores pediam a mudança na lei salarial 13.303/02, que permite ao executivo municipal conceder reajuste de apenas 0,01% e estava em discordância com o artigo 92 da Lei Orgânica do Município, que assegura proteção da remuneração contra os efeitos inflacionários, inclusive com a correção monetária dos pagamentos em atraso.

As perdas chegam a 49,46% (INPC/IBGE) desde maio de 2007, data da última reestruturação. Com o auditório lotado, com cerca de 500 trabalhadores, engenheiros e arquitetos decidiram, em assembleia, por uma greve na Prefeitura de São Paulo.

Memória

Nos próximos dias, o SASP divulgará depoimentos de arquitetos e engenheiros que participaram dessa mobilização histórica da categoria, avaliando o contexto da luta, as condições atuais dos servidores municipais e traçando panoramas de atuação para a valorização dos escritórios públicos de arquitetura e engenharia.