Trabalhadores da EMTU buscam aumento real e conter cortes seletivos de funcionários concursados
- sasparqbr
- Jan 31, 2017
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Com argumento de “diminuição da receita”, empresa demite funcionários de carreira e se recusa a cumprir obrigações trabalhistas
O Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) se reuniu, na última terça-feira (dia 24), com representantes da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) para negociar a alteração da data do pagamento dos salários dos trabalhadores, tratar das demissões de funcionários de carreira e iniciar a campanha salarial.

A empresa tem usado o argumento de que a receita diminuiu – “congelamento de tarifas do transporte coletivo” – e que, até o momento, não tem autonomia do governo para pagar os funcionários.
O SASP – junto com outros sindicatos que representam a categoria – não endossa o argumento de que “o trabalhador deva pagar o preço de qualquer crise” e cobra reposta em relação ao ofício da PCCS (Plano de Cargos e Carreiras e Salários), o cumprimento do piso salarial e a alteração da bandeira do Vale Refeição (VR).
“A reposição da inflação é um direito do trabalhador e iremos em busca de aumento real. Nosso ACT [Acordo Coletivo de Trabalho] é muito enxuto e só garante o que está na Lei, quase uma cópia da CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]”, analisa Victor Chinaglia, diretor jurídico do SASP. “Este ano vamos buscar o que o Metrô já tem: isonomia de tratamento dos trabalhadores que atuam no Estado. Queremos que a resposta com relação ao PPR conste em ata, bem como informações sobre como anda o projeto do piso salarial junto ao CODEC. Precisamos que nos passem todas as informações”, completa ele.
Demissões
Outro assunto tratado na reunião foram as demissões. Segundo o SASP, funcionários de carreira estão sendo demitidos e suas funções estão sendo preenchidas por cargos de confiança com o intuito de “equilibrar” a questão orçamentária.
Os representantes da EMTU também informaram que não vai ter PLR (Programa de Participação nos Lucros e Resultados) e que a empresa não pode se comprometer em realizar um processo administrativo para demitir funcionários concursados. Segundo eles, foi passado para as chefias o percentual de corte e elas escolheram os funcionários que seriam demitidos. O que ocorreu em 2016, informam os representantes da EMTU, não é prática corrente da empresa.
Os Sindicatos reforçaram a valorização profissional, a segurança no emprego e a necessidade de buscar critérios objetivos que motivem uma demissão.
Ficou definido que os sindicatos irão elaborar uma minuta de pauta de reivindicação para ser debatida em assembleia com os trabalhadores, um protocolo junto à EMTU e um ofício solicitando a garantia da data base.
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