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Nota do GT Mulheres na Arquitetura: Por que o rumo das cidades ainda é pautado prioritariamente por

  • Writer: sasparqbr
    sasparqbr
  • Nov 21, 2016
  • 2 min read

GT de Mulheres na Arquitetura do SASP divulga nota sobre a sub-representação das mulheres nas instituições e no debate do Seminário “Economia e Cidade: Habitação e Desenvolvimento Urbano”.



Não podemos mais naturalizar que os fóruns de discussão e formação de opinião sejam dominados por homens, brancos, de classe média. Espanta o fato da elaboração do evento “Economia e Cidade: Habitação e Desenvolvimento Urbano”, organizado pela plataforma Arq.Futuro, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo (SMDU) e a ONU Habitat, relegue a participação das mulheres neste seminário que se propõe a realizar um exercício democrático, de diálogo entre os diversos setores que produzem a cidade.


Dos 37 participantes do seminário, apenas 07 são mulheres. Como em alguns casos um mesmo convidado participa de mais de uma mesa do evento, temos para o total de 10 mesas (somando mesas temáticas e mesas de abertura), 04 mesas sem a participação de nenhuma mulher, 04 mesas somente com uma representante feminina e uma única mesa com equilíbrio na representação de gênero.


Evidentemente, que essa crise de representatividade extrapola a esfera do seminário. Em alguns casos, reflete também uma insuficiência de representação de gênero nas instituições que foram convidadas a participar das mesas. A diretoria do Secovi-SP [1], por exemplo, entidade que participa de inúmeras mesas, é 99% masculina. Na direção do IAB paulista [2], 95% são homens e no IAB nacional eles são 2/3. Neste cenário, não é de se estranhar que as mulheres trabalhadoras, que compõem a maioria em movimentos de luta por moradia, agentes chave na promoção da justiça social urbana, não tenham representação nas mesas. Por outro lado, a SMDU, órgão municipal entidade que também organiza o evento, tem uma composição dos cargos de chefia que avança em termos de representatividade das mulheres: dos 17 cargos, 09 são ocupados por mulheres [3]. Lastimamos que estas servidoras não estejam contempladas nas mesas em que a SMDU representa.


Vivemos um momento de emergência da pauta de equidade de gênero no país. As instituições precisam estar atentas a isso, e prontas a denunciar e modificar esses comportamentos, se não quiserem reproduzir o elitismo patriarcal que acentua e corrobora com a crise urbana e política atual.


São Paulo, 21 de novembro de 2016,







1. http://www.secovi.com.br/institucional/diretoria/

2. http://www.iabsp.org.br/index.php/iab-sao-paulo/diretoria/

3.http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/desenvolvimento_urbano/apresentacao/index.php?p=857

 
 
 

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