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Revista sobre mulheres pioneiras na arquitetura é lançada no SASP

  • Writer: sasparqbr
    sasparqbr
  • Oct 3, 2016
  • 3 min read

GT Mulheres na Arquitetura e Coletivo Arquitetas Invisíveis lançam publicação que visa contribuir para as discussões de gênero no campo da Arquitetura e outras áreas, como Arte e História


O coletivo Arquitetas Invisíveis, em parceria com Grupo de Trabalho Mulheres na Arquitetura (GTMA) do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP), lançou, no dia 14 de setembro, a Revista Arquitetas Invisíveis, que pretende contribuir com as discussões de gênero no campo da Arquitetura e de áreas relacionadas, como Artes, História e Psicologia.




A revista é composta por artigos, resumos, opiniões, notícias, entrevistas, charges, desenhos, poesias, crônicas, cartas, entre outros, trabalhados sempre de forma dinâmica e colaborativa. Segundo o coletivo, a cada nova edição, a revista oferecerá oportunidades importantes para trocas entre pesquisadores do Brasil e também do exterior. Por isso, a segunda edição já está sendo planejada para ser bilíngue.


Nessa primeira edição, o tema é dedicado a resgatar a memória das mulheres pioneiras que fizeram história na arquitetura. “A revista que você tem em mãos”, diz o editorial, “teve origem em um debate na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Brasília, onde nos perguntamos: ‘Será que só estudamos homens porque só homens fizeram arquitetura ou será que só eles contaram as histórias?’”. “A Revista Arquitetas Invisíveis é um espaço de construção coletiva, para resgatar memórias, re-contar histórias e criar um novo modo de olhar o mundo”, analisa Gabriela Cascelli Farinasso, do Coletivo Arquitetas Invisíveis. “É um espaço de resistência sem interesses econômicos, julgamentos, prepotência e medo. É sobre representatividade, reconhecimento e igualdade. É livre e exclusivo para falarmos sobre mulheres. E é também sobre transdiciplinaridade, sobre entender que arquitetura e urbanismo é muito mais do que a gente imagina”.


Nessa edição, o GTMA participou também com um artigo: “Sindicato também é lugar de arquiteta!”. “Nosso grupo busca evidenciar para as próprias mulheres arquitetas que existem inúmeras situações de opressão no ambiente de trabalho e nas universidades que passam despercebidas por elas e pela sociedade, que são naturalizadas pelo sistema patriarcal”, destaca Paula Ferndr, que integra o GT Mulheres na Arquitetura. “Nosso GT tem percebido, ao longo de nossos quase dois anos de atuação, que uma de nossas vocações é ser um catalizador e um articulador de iniciativas feministas em torno da Arquitetura e do Urbanismo, fornecendo desde infraestrutura até ideias para novas ações que tragam visibilidade para as mulheres arquitetas e fortalecer a disputa das narrativas. Inclusive, estamos abertas ao diálogo com outras entidades, instituições, coletivos e grupos que queiram promover esse debate”.


A revista é vendida na sede do SASP por R$ 40 reais (somente em dinheiro).


O coletivo Arquitetas Invisíveis também convida interessadas nas reflexões sobre arquitetura em suas diversas escalas com a questão de gênero, nos variados campos disciplinares, para participarem da chamada de trabalhos que irão compor a segunda edição da revista. A temática é “Nas Sombras” e dará destaque para trabalhos que tragam reflexões sobre as mulheres que tiveram sua produção invisibilizada por atuarem em parceria com homens.


Para mais informações, acesse.

Para conhecer o trabalho do GTMA, acesse aqui.


Leia abaixo o editorial:


Editorial

Pioneiras, mulheres guerreiras.

Escrever histórias femininas em um mundo historicamente masculino não é fácil. A Revista que você tem em mãos teve origem em um debate na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Brasília, onde nos perguntamos: “Será que só estudamos homens porque só homens fizeram arquitetura ou será que só eles contaram as histórias?”.

Mulheres também foram pioneiras, corajosas, ousadas, geniais. Mulheres também escreveram a história, estavam em todos os lugares, em todos os tempos. Elas também acharam chaves para desbravar o conhecimento, melhorar o mundo, ajudar pessoas. Mas por que não as conhecemos, não falamos sobre elas, não escrevemos sobre elas?

Essa Revista é mais do que uma tentativa de reescrever a história. É uma tentativa de fazer jus à nossa história. Resgatar memórias, conhecermo-nos, reconhecermo-nos, olhar o mundo com outros olhos, os nossos próprios olhos. É um espaço livre de interesses econômicos, julgamentos, prepotência e medo. É livre e exclusivo para falarmos sobre mulheres. Diferente? Sim, e também extremamente necessário.

A primeira edição da Revista dá destaque às mulheres pioneiras. Porém, você perceberá que há muitas outras histórias para descobrir: feminismo, fotografia, política, memória, representatividade, música, um mundo de diversidade que será aprimorado a cada nova edição. Mais de 30 pessoas construíram essas páginas e cerca de 400 ajudaram a viabilizar a primeira tiragem. Estamos ansiosas para ver o crescimento desses números!

Agradecemos a todos que se envolvem e acreditam nesse projeto. Graças a vocês estamos dando mais um passo rumo a um mundo mais justo, onde toda mulher possa se sentir representada e valorizada.

Desejamos uma ótima leitura e que nossa energia de querer sempre mais contagie vocês <3





 
 
 

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