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SASP e Ocupação Casa Amarela vão promover restauro e manutenção de casarão histórico

  • Writer: sasparqbr
    sasparqbr
  • Jun 14, 2016
  • 2 min read

Arquitetos e urbanistas estudam ações e possível concurso para preservação de patrimônio

histórico da cidade de São Paulo que, hoje, é ocupado por artistas e movimentos sociais

O Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) e um grupo de arquitetos e urbanistas e estudantes se reuniram com integrantes da Ocupação Casa Amarela, nessa quarta-feira (dia 8) e, juntos, já iniciam os preparativos para realizarem um concurso de arquitetura para restauro e manutenção da Casa Amarela - casarão localizado no centro de São Paulo (Rua da Consolação), construído na década de 1920 durante a Ciclo do Café e que estava abandonado há mais de uma década.




Em 2014, coletivos de teatro, cinema, dança, artes visuais e cultura afro-guarani ocuparam o imóvel e o transformaram, inicialmente, em um Ateliê Compartilhado, utilizando-o para atividades culturais e também transformando o antigo espaço abandonado em ponto de encontro para discussões institucionais da classe artística. Posteriormente, o casarão foi transformado em Quilombo Urbano ao associar atividades de resistência negra e indígena. A Casa Amarela, em pouco mais de dois anos de atividade, já se consolidou como referência cultural e social para a cidade de São Paulo. Com a parceria com o SASP, pretende-se constituir um coletivo de profissionais e estudantes visando aumentar a rede de apoiadores do projeto, que inicia estudos para revitalizado e restauro do imóvel.


“Fomos apresentados à Casa Amarela e podemos perceber que a relação do imóvel com os coletivos ocupantes é muito interessante”, analisa Felipe Oliveira, arquiteto que participa das atividades do SASP na Ocupação. “De um lado temos um casarão eclético do início do século XX que representa a elite conservadora; de outro lado, diversos grupos artísticos, jovens e não-jovens, representados pela cultura das ‘tags’, ‘pixos’ e grafites que se reconhecem como resistência urbana em torno de um quilombo aberto a todos da cidade. A partir daí surgiu a ideia de criar um concurso de restauro aberto a arquitetos, estudantes de arquitetura e outros cursos, bem como outros profissionais, fomentando essa relação”.


“A Ocupação Casa Amarela é um exemplo de resistência frente às atrocidades que a lógica do mercado causa à cidade e aos moradores de São Paulo”, afirma o presidente do SASP, Maurílio Chiaretti. “É um casarão eclético e de propriedade da antiga elite cafeeira, porém construído com os esforços de trabalhadores que viviam em péssimas condições de vida. A ocupação atual não desqualifica os valores técnicos e estéticos da casa, porém permite a sua apropriação artística, devolvendo à cidade um patrimônio relevante para a compreensão de nossa história, e estratégico para o nosso futuro”.



 
 
 

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