SASP e outras entidades discutem crise na Arquitetura
- sasparqbr
- Mar 22, 2016
- 2 min read
Falta de investimentos devido à crise econômica e política, segundo entidades, está sucateando
empresas, escritórios e conhecimento dos profissionais de Arquitetura e Urbanismo
O Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP), juntamente com outras entidades do setor, promoveu o debate “Crise na Arquitetura”, realizado na última quarta-feira (dia 16) em São Paulo.
Estiveram presentes entidades como o Instituto de Arquitetos do Brasil -Departamento São Paulo (IAB/SP), a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (ASBEA), a Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP) e o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (SINAENCO).
“O objetivo aqui é discutir nosso futuro enquanto profissionais do projeto”, explicou o presidente do IAB/SP, José Armênio Brito. “Hoje há uma fragilidade do projeto na construção do Brasil e precisamos abordar esse problema de forma estratégica. A cidade precisa de técnicos”.
Segundo as entidades presentes, os trabalhadores da Arquitetura e Engenharia estão sofrendo os impactos da crise e a falta de investimentos no país afeta, em primeiro lugar, a área do projeto. Com isso, muitas decisões são suspensas, nenhum projeto é contratado e empresas e escritórios são, cada vez mais, sucateados.
“O Sindicato recebe todas as demissões com as homologações e constatamos que houve um aumento de 500% nas demissões, de 2014 até agora. Porém, sabemos que esse número é maior, já que a maioria dos arquitetos são PJs”, destacou Maurílio Chiaretti, presidente do SASP. “É urgente que se muda o entendimento que muitas pessoas têm de arquitetura, que é um custo a mais. A arquitetura é crucial para o desenvolvimento do Brasil e essa crise só está acontecendo agora porque falta de um projeto de país. Há uma grande contradição: o Brasil necessita de projeto e estamos sem trabalho. É uma incongruência e, ao mesmo tempo, um sintoma de que não estamos olhando para onde temos que olhar. Devemos utilizar essa crise para organizar melhor o mercado e transformar esse modelo que fica restrito nas mãos de poucos”.
Para ele Chiaretti, o debate também aponta um caminho de saída da crise: a união. “O maior ganho de hoje é as entidades estarem juntas para resolver um problema da categoria. A representação da categoria tem que andar em conjunto”.

Comments