Campanha salarial CDHU audiência
- sasparqbr
- Dec 17, 2014
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Representantes do SASP e da CDHU fazem primeira reunião para negociar Participação nos Resultados dos arquitetos da CDHU
Encontro será nesta quinta-feira, a partir das 10h; negociação só será possível porque o TRT-SP intermediou as negociações da campanha salarial
Representantes do SASP – Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo – e da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) se reúnem pela primeira vez, nesta quinta-feira, dia 18 de dezembro, com objetivo de negociar o PPR (Programa de Participação nos Resultados) dos arquitetos da autarquia. A iniciativa faz parte de um acordo fechado entre as partes, em meio às negociações da campanha salarial da categoria.
O encontro será a partir das 10h, na Superintendência de Gestão de Pessoas do órgão. A reunião só ocorrerá graças a uma intermediação feita pelo TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo), depois que SASP e outros sindicatos encaminharam um pedido de julgamento de Dissídio Coletivo de Greve. A medida judicial foi adotada em razão da falta de avanço nas negociações sobre o reajuste e direitos trabalhistas.
Em audiência de conciliação realizada no dia 3 de novembro passado no TRT-SP, os sindicatos optaram pela conciliação sobre o PPR, condicionado a uma conversação direta sobre o benefício. Além da participação, o SASP negocia ainda o PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) e assistência médica à categoria. Esses pontos também fazem parte das pautas de reivindicação da campanha salarial.
Nessa mesma conciliação, O SASP e a CDHU acordaram que aguardarão o fechamento da análise de metas de 2014 para que ambos possam se manifestar sobre o tema. Além disso, os representantes do sindicato e da autarquia optaram pela negociação direta sobre a PPR. Também estão nessas negociações o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo e o Sincohab (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas e Cooperativas Habitacionais e Desenvolvimento Urbano no Estado de São Paulo).
Sobre o PCCS, a Comissão de Política Salarial do TRT-SP avalia a proposta e dará um parecer sobre o assunto. Quanto à assistência médica aos arquitetos, a CDHU informou que está em consultas com empresas especializadas no ramo a fim de encontrar uma que possa atender às pretensões dos sindicatos. A partir daí, as negociações também serão diretas com as categorias, da mesma forma que acontece agora com o PPR. Atualmente, cerca de 80 arquitetos trabalham na CDHU. O número é considerado baixo e, na avaliação do SASP, isso acontece em razão de um verdadeiro desmanche que o governo do estado de São Paulo realiza na autarquia.
A campanha salarial
Os arquitetos da CDHU estão em campanha salarial desde fevereiro deste ano. A partir desse mês, o SASP tentava negociar um reajuste nos salários. Em razão do baixo índice de aumento oferecido pela autarquia, de 5,20% e do silêncio em torno do PPR, do PCCS e da assistência médica, a categoria ameaçou entrar em greve.
A companhia tentou impedir a paralisação com uma ação cautelar. Em contrapartida, o SASP e demais sindicatos entraram na Justiça com o pedido de Dissídio Coletivo de Greve. Com isso, o TRT-SP convocou as partes para negociar junto ao seu Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos Coletivos.
Desta forma, o Tribunal organizou uma audiência de conciliação em 14 de julho e propôs um aumento de 6,28% e melhorias nos benefícios. Três dias depois, os funcionários aceitaram a proposta de reajuste construída com a intermediação da Justiça. Porém, os demais pontos da campanha não constavam nesse acordo.
Mas numa estratégia de frear as negociações referentes aos outros benefícios, a CDHU encaminhou um pedido de desistência da Ação Cautelar. Na prática, isso representava uma tentativa de proporcionar entraves nas conversações dos demais pontos em discussão e que não faziam parte do acordo de reajuste assinado, porém, são reivindicações históricas da categoria.
Em 4 de agosto, os sindicatos mantiveram a sua posição de avanças nas demais reivindicações. Isso levou a continuidade da mediação pelo TRT-SP entre categoria e CDHU.
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