SASP negocia Participação nos Resultados com a CDHU
- sasparqbr
- Nov 14, 2014
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Diretoria do SASP participa de primeira reunião para negociar
Participação nos Resultados dos arquitetos da CDHU
Encontro será possível graças à intermediação do TRT-SP nas negociações da campanha salarial; Sindicato ainda discute plano de cargos e assistência médica
A diretoria do SASP – Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo – e representantes da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) vão se reunir pela primeira vez, com intuito de negociar o PPR (Programa de Participação nos Resultados) deste ano, destinado aos arquitetos da autarquia. O encontro acontece no dia 16 de dezembro. A iniciativa faz parte de um acordo fechado entre as duas partes, dentro das negociações da campanha salarial da categoria.
A medida será possível graças a uma intermediação feita pelo TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo), após o SASP e outras entidades terem encaminhado um pedido de julgamento do Dissídio Coletivo de Greve, devido ao não avanço nas conversações referentes a reajuste e direitos trabalhistas. Nessa ocasião, os dirigentes sindicais e a CDHU decidiram pela conciliação, condicionada a uma discussão direta sobre o benefício.
A audiência conciliatória foi realizada no dia 3 de novembro passado no próprio TRT-SP. Pelo SASP, esteve presente o vice-presidente Guilherme Carpintero de Carvalho. Além do PPR, o sindicato ainda negocia o PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) e assistência médica à categoria, também inseridas na campanha salarial.
Na conciliação ficou acertado que tanto o SASP quanto a CDHU vão aguardar o fechamento da análise de metas de 2014, a fim de que ambos possam se manifestar sobre o tema. Além disso, os representantes do sindicato e da autarquia optaram pela negociação direta em torno da PPR. Também participam dessas negociações o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo e o Sincohab (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas e Cooperativas Habitacionais e Desenvolvimento Urbano no Estado de São Paulo).
Sobre o PCCS, a Comissão de Política Salarial do TRT-SP avalia a proposta e dará um parecer sobre o assunto. Quanto à assistência médica aos arquitetos, a CDHU informou que está em consultas com empresas especializadas no ramo a fim de encontrar uma que possa atender às pretensões dos sindicatos. A partir daí, as negociações também serão diretas com as categorias, igual ao que acontece agora com o PPR. Atualmente, cerca de 80 arquitetos trabalham na CDHU. O número é considerado baixo e, na avaliação do SASP, isso acontece em razão de um verdadeiro desmanche que o governo do Estado realiza na autarquia.
A campanha salarial
Os arquitetos da CDHU estão em campanha salarial desde fevereiro deste ano. A partir desse mês, o SASP tentava negociar um reajuste nos salários. Em razão do baixo índice de aumento oferecido pela autarquia, de 5,20% e do silêncio em torno do PPR, do PCCS e da assistência médica, a categoria ameaçou entrar em greve.
A companhia tentou impedir a paralisação com uma ação cautelar. Em contrapartida, o SASP e demais sindicatos entraram na Justiça com o pedido de Dissídio Coletivo de Greve. Com isso, o TRT-SP convocou as partes para negociar junto ao seu Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos Coletivos.
Desta forma, o Tribunal organizou uma audiência de conciliação em 14 de julho e propôs um aumento de 6,28% e melhorias nos benefícios. Três dias depois, os funcionários aceitaram a proposta de reajuste construída com a intermediação da Justiça. Porém, os demais pontos da campanha não constavam nesse acordo.
Mas numa estratégia de frear as negociações referentes aos outros benefícios, a CDHU encaminhou um pedido de desistência da Ação Cautelar. Na prática, isso representava uma tentativa de proporcionar entraves nas conversações dos demais pontos em discussão e que não faziam parte do acordo de reajuste assinado, porém, são reivindicações históricas da categoria.
Em 4 de agosto, os sindicatos mantiveram a sua posição de avanças nas demais reivindicações. Isso levou a continuidade da mediação pelo TRT-SP entre categoria e CDHU.

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