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2º Encontro Regional de Arquitetos em Ribeirão Preto

  • Writer: sasparqbr
    sasparqbr
  • Sep 28, 2014
  • 3 min read

Para arquitetos de Ribeirão Preto, principal desafio é a valorização profissional

Dando continuidade aos encontros regionais do SASP, aconteceu neste sábado, 20 de setembro, o 2o Encontro Regional de Arquitetos em Ribeirão Preto, na sede da Associação de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia da cidade. A desvalorização da profissão foi um grandes temas tratados entre os participantes.

Antes do início do debate, houve uma breve apresentação que resgatou alguns momentos históricos do SASP, entre eles, o surgimento do sindicato, desde a época da ditadura militar;

a abertura do mercado na década de 90 e a consequente fragilização das relações de trabalho; e o 'boom' das faculdades privadas no Brasil, entre elas as de arquitetura. Esses entre outros assuntos serviram como base para o compartilhamento das experiências e o debate focado nos grandes desafios para o profissão.

Com foco em fortalecer a união dos arquitetos no estado e levantar áreas para atuação do sindicato, o encontro foi muito positivo na avaliação de Maurílio Chiaretti, presidente do SASP.

"O nosso objetivo é avaliar a opinião dos profissionais para entender quais as necessidades para a região de Ribeirão Preto, e claro, também unir cada vez mais a nossa categoria", afirmou. Reverter a desvalorização do trabalho foi apontado como um dos principais desafios da categoria, além da percepção coletiva de que há a necessidade de maior união entre os profissionais. "O sindicato está aí para aproximar mais os arquitetos, ajudar na reestruturação da profissão, a valorização da atividade perante a sociedade, isso pode ser o começo de uma grande transformação", comentou João Paulo Gomes.

Outros desafios citados pelos profissionais durante o debate foram a falta de capacidade profissional para atender as demandas da sociedade, muitas vezes por um problema de formação ou mesmo de atualização; e que, na era da informalidade, é preciso compreender quanto vale o serviço do arquiteto. "O arquiteto não sabe vender o seu peixe, não sabe argumentar, ele dá o preço do seu serviço por telefone, é claro que vai receber um 'não', ele tem que convidar o cliente para ir até o seu escritório, explicar o que ele faz. Veja se um médico, advogado atende por telefone", provocou Cleber Polverel.

Colocados os desafios, era hora dos participantes sugerirem ações pragmáticas para poder solucioná-los. "Se há financiamento público para a população adquirir imóvel, poderia haver também financiamento para que as pessoas de baixa renda tenham acesso aos serviços de arquitetura e urbanismo", sugeriu Vanessa Matsushita Sugohara.

"Temos que olhar pelo Brasil como um lugar onde 80% das moradias são irregulares, ficamos correndo atrás da elite, devemos encarar isso como um projeto de nação. Hospital, parque, moradia popular, isso é uma oportunidade, estamos olhando para só para 20%. Se fosse assim, teria trabalho para todo mundo. Esse direcionamento (para a elite) é um processo histórico, mas a possibilidade existe", completou Chiaretti.

Os participantes também questionaram o que o sindicato está fazendo para melhorar as condições de trabalho dos profissionais da arquitetura e urbanismo. "Nesse momento estamos entrando em contato com as maiores 50 prefeituras para saber em quais condições os arquitetos estão trabalhando. O sindicato tem que ser usado para enfrentar esses desafios e não ser instrumento de si próprio. O desafio é colocado para a categoria. E o intuito da sede aqui em Ribeirão Preto é no sentido dela ser a casa do arquiteto, um lugar para que os profissionais possam se encontrar", comentou Chiaretti.

No evento, também foram expostos os planos de ação do SASP para Ribeirão Preto. A sede ficará aberta todos os dias com atendimento ao público e contará com advogado para dar consultoria jurídica. Em breve, serão abertas quatro comissões para definição de ações que o sindicato possa tomar, são elas: Pessoas Jurídicas e Autônomos; Professores; Servidores Públicos; e Gênero e Minorias. Essas comissões vão se subdividir em campanha salarial e valorização profissional. "Eu vejo de suma importância esse movimento dos arquitetos para valorização da classe é um passo decisivo para nos colocarmos diante da sociedade", concluiu Polverel.

 
 
 

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