Arquitetos da PMSP continuam o Estado de Greve
- sasparqbr
- Jun 13, 2014
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Em assembleia realizada no dia 11, trabalhadores decidiram pela continuidade do Estado de Greve e pela suspensão da paralisação, com a possibilidade de voltar à greve caso as negociações não evoluam.
Os servidores de arquitetura e engenharia da cidade de São Paulo decidiram, em assembleia realizada na quarta-feira, dia 11, pela continuidade da mobilização e pela suspensão da paralisação (que ocorreu durante os dias 27 de maio a 11 de junho), prosseguindo, no entanto, em Estado de Greve. Eles poderão retornar a paralisar se não houver avanço nas negociações. O retorno ao trabalho tem como foco uma adesão ainda maior à campanha (que já conta com uma aderência de cerca de 70% dos trabalhadores), visto que os servidores poderão ampliar o contato com os demais colegas de trabalho e reforçar entre todos a necessidade se mobilização.
As reivindicações das categorias são as seguintes:
- Reposição de perdas inflacionárias acumuladas nos últimos 12 anos (mais de 50%);
- Manutenção da atual estrutura de remuneração por vencimentos e não implantação da remuneração subsidiada.
- Piso salarial equivalente ao estabelecido pela legislação federal, de oito salários mínimos e meio;
- Alteração na lei salarial que impede o reajuste de acordo com a inflação anual;
A assembleia, realizada no auditório do SEESP – Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo – teve a presença mais de 300 trabalhadores. Durante o evento foi feito um balanço do movimento, que iniciou há mais de um ano e vem desde então lutando por condições mais dignas aos servidores do setor. Foi levantado que o foco da mobilização agora é contra o Projeto de Lei (PL) que altera a Lei 14591/2007, o qual pode ser enviado à Câmara a qualquer momento, que prevê mudanças no regime de contratação dos servidores. O PL define que os trabalhadores passarão a ser pagos por subsídio e serão categorizados como analistas. No entendimento dos servidores, essas mudanças configuram um rebaixamento da categoria. A deputada estadual Sarah Munhoz esteve presente na reunião e, em discurso, reforçou essas colocações. “Arquitetos e engenheiros são responsáveis juridicamente por seu trabalho. Não são simples analistas como o PL pretende categorizá-los”, disse. A deputada anunciou também que irá discursar na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira, dia 16, sobre a importância dos servidores de arquitetura e engenharia do município e sobre a mobilização atual.
Os funcionários formaram grupos de trabalho para a mobilização, os quais apresentaram vários argumentos que reforçam as suas reivindicações, refutando justificativas que a Prefeitura tem utilizado para não conceder o aumento pedido. Foi desmontada, por exemplo, a argumentação da Prefeitura que atribui à Lei de Responsabilidade Fiscal a impossibilidade de conceder aumentos reais. Segundo dados do portal Transparência, desde 2008, o total da despesa com pessoal esteve bem abaixo do teto estabelecido na legislação.
Após a votação pela suspensão da greve, definiu-se que uma nova assembleia será realizada no dia 26 de junho, às 11h, para discutir os avanços nas negociações e decidir sobre a possibilidade de rertorno do movimento grevista
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